A Tribuna Livre da Reunião Plenária realizada no último dia 15 contou com a participação dos estudantes de Medicina Pedro Henrique Góis de Oliveira e Lucas Rodrigues da Cunha Pereira, que abordaram de forma clara e educativa os riscos da hipertensão arterial sistêmica, seus fatores de risco, formas de diagnóstico e tratamento. Durante a apresentação, os futuros médicos destacaram que, apesar de ser uma das doenças crônicas mais comuns e perigosas, a hipertensão ainda é subestimada pela população. “É um assunto muito subestimado, sendo uma das causas das doenças fatais mais importantes do mundo. Muitas das pessoas que sofrem ataques cardíacos ou morrem por problemas cardíacos podem ter desenvolvido hipertensão não tratada ao longo da vida”, alertou Pedro.
Utilizando linguagem ível, Pedro explicou que a hipertensão é como um aumento anormal da pressão dentro das artérias, que, com o tempo, danifica o coração e outros órgãos vitais. Ele comparou as artérias a canos que am certa pressão: ao ultraar esse limite com frequência, ocorrem danos progressivos e silenciosos. Entre os fatores que contribuem para o desenvolvimento da hipertensão, foram citados: idade e sexo; histórico familiar, sobrepeso e obesidade; consumo excessivo de sal; sedentarismo; consumo de álcool e cigarro; estresse e doenças prévias. Pedro também explicou como a pressão deve ser aferida corretamente e destacou que o diagnóstico exige ao menos duas aferições em consultas diferentes, em condições ideais. Além disso, exames como MAPA (Monitorização Ambulatorial) e MRPA (Monitorização Residencial) são recomendados para confirmar o quadro. O estudante ressaltou ainda que, de acordo com novos estudos, o valor ideal de pressão arterial foi revisto: “A famosa pressão 12×8 já não é mais considerada a ideal. O novo objetivo é manter os níveis abaixo de 120×80 mmHg”, explicou.
Lucas detalhou os tratamentos possíveis, que variam conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, mudanças no estilo de vida — como adotar uma alimentação saudável, abandonar o álcool e o cigarro, e praticar atividades físicas — podem ser suficientes. Já nos estágios mais avançados, é necessário o uso contínuo de medicamentos. “Mesmo quando a pressão estiver controlada, o tratamento deve continuar. A hipertensão não tem cura, mas tem controle”, frisou Lucas Embora a hipertensão muitas vezes não apresente sintomas (casos assintomáticos), Lucas alertou para sinais como: visão turva; dor de cabeça; tontura; falta de ar e dor no peito. Sem tratamento, a doença pode levar a infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal e problemas visuais. Os parlamentares presentes elogiaram a clareza das explicações, agradeceram pela contribuição e reforçaram a importância de ações educativas como essa. Durante a sessão, outros estudantes da turma também participaram, realizando aferição de pressão arterial no público interessado.